Mais uma resposta estratégica e sistêmica da Organização CAIANAS em um contexto de emergência climática enfrentada pelos territórios indígenas. Trata-se da aprovação da nossa proposta no âmbito do Edital 39° do Fundo Ecos, fundo executado pelo Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN).
Nossa assessoria de projetos, Coordenação e membros da CAIANAS propuseram um conjunto de ações que buscam fortalecer a nossa caminhada, prevendo desde formação política de jovens lideranças socioambientais até monitoramento das mudanças climáticas na Terra Indígena Cachoeirinha, situada no Cerrado e no Pantanal de MS.

De forma inédita, com a instalação da estação meteorológica, iremos realizar a medição de chuvas, de umidade do ar, de temperatura, de vento e, assim, subsidiar pesquisas e tomadas de decisões no território, de forma coletiva com nossos caciques, lideranças e comunidades. Esta experiência será fundamental, pois, as respostas serão a partir do diálogo entre a Ciência Indígena e a Acadêmica.

Com ineditismo, a Organização passará a ampliar sua contribuição na produção de informações e dados que podem também subsidiar órgãos públicos governamentais e não governamentais com uma radiografia mais precisa do nosso território no contexto de alterações climáticas. Isto é histórico, pois, é a primeira vez no estado do Mato Grosso do Sul que uma Terra Indígena passará a ter um monitoramento desta natureza, sobretudo, coordenada por uma organização indígena de base.

Ederval Antonio, atual Coordenador-Geral da CAIANAS, vê o projeto com grande entusiasmo: “Sem sombra de dúvida, o projeto se configura como mais um passo importante da CAIANAS, além de possibilitar municiar nossos jovens com informações importantes durante os processos formativos, também cria mais um laboratório para produção de dados que vai nos auxiliar no planejamento das nossas ações”, afirma o Coordenador.

Seguimos. 🌱💚